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17381
Obstáculos para a garantia da acessibilidade cultural para pessoas com deficiência no território brasileiro
Textos motivadores:
Texto 1
Por que um surdo iria assistir a espetáculo musical? Para que oferecer informações visuais a um cego se ele já escuta toda a música tocada em um show? O setor do entretenimento começa lentamente a compreender que devemos deixar nossos preconceitos de lado e que todos merecem ter a experiência artística mais plena possível da forma que seu corpo pode sentir. Ou seja, a pessoa surda pode não ouvir os acordes e a melodia de uma canção, mas sente as vibrações da música, especialmente aquelas com batidas e graves mais fortes. Pode gostar de ritmo, poesia, dança ou mesmo do ambiente do espetáculo. Do lado de quem não enxerga, grupo do qual faço parte, muitas vezes deixamos de perceber uma série de detalhes que vão além das notas musicais. Saber se o artista subiu ao palco com roupa social ou bermuda e chinelo, se fica sentado enquanto canta ou dança com animação, toca um ou vários instrumentos ou tem um cenário formado por imagens no telão e efeitos pirotécnicos faz toda diferença na hora de construir a imagem mental do que se passou. Mesmo assim, a música está no fim da fila das artes quando se fala em acessibilidade, atrás do teatro, do cinema e das artes visuais, nos quais já é rotina encontrarmos sempre algo em cartaz em grandes cidades como São Paulo.
Por Felipe Oliveira. “Casas de show estão na lanterna da corrida da acessibilidade sensorial”, 25 maio 2024. Guia Folha de S. Paulo. Disponível em: https://guia.folha.uol.com.br/. Acesso em 10/10/2024. (Adaptado).
Texto 2
A Agência Nacional do Cinema (Ancine) promoveu uma ação regulatória em 2020 que implementou a obrigatoriedade, sob pena de multa, aos cinemas nacionais de oferecerem aparelhos de acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva, através dos recursos de legendagem descritiva, libras e audiodescrição. Dados da Ancine revelaram que, em 2019, das 3.300 salas de cinema do Brasil, apenas 269 teriam alguns desses mecanismos, o que representa 8% do total. Rosaria Ono, professora do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, discorre que equipamentos auditivos e outros de tecnologia assistiva podem ser distribuídos nos cinemas, mas essa questão depende da demanda. O público que precisa desses aparelhos pode não saber que o cinema fornece essa acessibilidade e, portanto, não ir ao cinema. Com o público que detém deficiência visual e/ou auditiva deixando de acessar esses espaços, os exibidores não veem demanda para prover esses recursos. A especialista ressalta que o problema é anterior às necessidades de aparelhagem e que advém da falta de pessoas deficientes nos cinemas. Ela também afirma que falta uma comunicação mais assertiva de conscientização social. “São elementos que vão sendo agregados à medida que nós tenhamos uma comunicação efetiva e uma conscientização de toda a sociedade. No entanto, talvez a questão seja sobre o quanto as pessoas têm acesso ao cinema, para poder usufruir das condições de acessibilidade nesse tipo de entretenimento”, reflete a professora.
Por Taina Rodrigues. “Acessibilidade nos cinemas: Brasil ainda precisa avançar em relação ao resto do mundo.”, 29 jan./ 2024. Jornal da USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/?p=715692. Acesso em 10/10/2024.
Texto 3
O Plano Nacional de Cultura, lançado em 2010, estabelecia 2020 como prazo para que 100% dos museus e outros aparelhos culturais públicos brasileiros, como bibliotecas públicas e cinemas, atendessem aos requisitos legais de acessibilidade e desenvolvessem ações de promoção da fruição cultural para pessoas com deficiência. Uma acessibilidade plena envolveria pisos táteis, audiodescrição, libras, braile, legendagem, entre outros recursos. Mas, segundo Regina de Oliveira Heidrich, que é doutora e docente do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social da Universidade Feevale, o que mais se vê são elevadores e rampas: “Sinceramente, nunca vi algo com acessibilidade completa. As pessoas têm uma ideia errada do que é acessibilidade. Quando me dizem que algo é acessível, eu pergunto sempre ‘é acessível para quem?’. Uma criança com déficit intelectual consegue ler esse livro? Se não, já passa a ser um projeto elitista”.
Por Luiza Piffero. “Acessibilidade além da rampa: visitantes cegos são desafios para os museus”, 11 mar./ 2021. Matinal Jornalismo. Disponível em: https://www.matinaljornalismo.com.br/rogerlerina. Acesso em 11/10/2024. (Adaptado).
Texto 4
Sonhar o mundo
Deficiência e acessibilidade em museus
4 a 10 dez
A Importância da Acessibilidade em Espaços Museais
Museu Catavento
07/12 - 16 às 17
Instagram @museucatavento
Confira a programação completa através do link: www.sisemsp.org.br/sonharomundo/
Live com Beatriz Crittelli, doutora em ensino de ciências para pessoas com surdocegueira pela USP. No bate-papo ela abordará suas experiências e a importância da acessibilidade nos espaços culturais para que todas as pessoas com e sem deficiência possam ter acesso.
Disponível em: https://museucatavento.org.br/sonhar-o-mundo-2022-acessibilidade-em%20espa%C3%A7os-museais. Acesso em 11/10/2024.
Obstáculos para a garantia da acessibilidade cultural para pessoas com deficiência no território brasileiro
Campo semântico: acessibilidade, aleijado, alejado, baixo visão, cadeira de roda, cadeira de rodas, cadeirante, calçada, carência, cego, cegueira, deficiencia, deficiente, deficiência, deficiênte, discriminação, down, enxergar, especial, exclusão, físico, inclusão, libra, libras, limitação, língua, mobilidade reduzido, mobilidade reduzir, mudo, muleta, necessidade, ônibus, pcd, pessoa com deficiência, pne, portador, portar, ppd, rampa, sinal, síndrome, surdez, surdo, vaga
17330
A questão da proibição do uso do celular em sala de aula no Brasil
Textos motivadores:
Texto 1
O Ministério da Educação (MEC) está finalizando em outubro de 2024 um projeto de lei que prevê a proibição do uso de celulares em escolas públicas e privadas do país.
Em fevereiro deste ano, o uso de celulares e outros dispositivos tecnológicos foi proibido nas escolas da rede pública municipal do Rio de Janeiro. O decreto, assinado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), vetou o uso de aparelhos dentro e fora da sala de aula, ou seja, nos intervalos e recreio também.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, deputados também debatem um projeto de lei que limita o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos nas instituições de ensino. A proposta prevê que o uso seja restrito a atividades pedagógicas, com autorização específica. Em algumas unidades da rede municipal, a utilização já é limitada para alunos e também professores.
A proibição é defendida pela Organização Mundial da Saúde e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Países como Bélgica, Espanha e Reino Unido já adotaram a medida com base em estudos que apontam uma correlação negativa entre o uso excessivo de tecnologias e o desempenho acadêmico.
Juliana Lopes. Governo prepara medida que proíbe o uso de celulares em escolas. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/. Acesso em: 09/10/2024. (Adaptado).
Texto 2
As primeiras semanas após a proibição são “um pesadelo”, com “crises de abstinência” entre os jovens. Em pouco tempo, a maioria consegue se adaptar e passa a prestar bem mais atenção às aulas.
“Eu já vivi situações bem tristes, de você tentar impedir o uso do telefone e o aluno se comportar de uma maneira até meio assustadora”, afirma Aluisio Barreto da Silva, professor de história da rede municipal de ensino do Rio. "Um menino de 12 anos levantou, começou a chutar as cadeiras pela frente e saiu da sala”.
Os próprios estudantes reconhecem que a medida de proibir os celulares teve reflexos diretos na aprendizagem. “Para mim, meu mundo tinha acabado. Mas a proibição foi fundamental e essencial para que a gente pudesse evoluir. Hoje, eu leio muito mais. O telefone estava tirando a minha concentração”, conta Kamilly Luanni, de 13 anos, aluna da escola municipal Martin Luther King.
“Foi muito difícil de se acostumar. A gente vai pegar o celular, mas não está lá, sabe? É estranho. Não dá para pagar o lanche [usando o aparelho] nem falar com os nossos pais para combinar o horário de saída. Tudo precisa falar com a coordenação, para avisarem nossa família”, diz Clara Wroclawski, aluna do ensino médio na Alef Peretz.
Luiza Tenente e Silvana Reis. Sem celular na escola: alunos citam 'crises de abstinência', melhora nas notas e mais socialização; 'como a saída de um vício', diz professora. Disponível em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/. Acesso em: 09/10/2024. (Adaptado).
Texto 3
Proibido
Dentro da sala de aula.
Fora da sala de aula quando houver explanação do professor e/ou realização de trabalhos individuais ou em grupo na unidade escolar.
Permitido
Quando houver autorização expressa do professor regente para fins pedagógicos tais como pesquisas, leituras, acesso ao material Rioeduca ou outro conteúdo ou serviço.
Para os alunos com deficiência ou com problemas de saúde que necessitam destes dispositivos para monitoramento ou auxílio da sua necessidade.
Fonte: https://dinheirama.com/rio-de-janeiro-proibe-uso-de-celular-em-salas-de-aula/ Acesso em: 09/10/2024
Texto 4
O tema vem dividindo especialistas, educadores, mães e pais. Por outro lado, é consenso entre os pesquisadores que qualquer decisão precisa ser acompanhada de um processo de conscientização.
“Se não for acompanhada de outras medidas, a proibição é algo vazio. É preciso trabalhar letramento digital junto aos alunos e com os professores, promover formações sobre como fazer o uso pedagógico da tecnologia. Tem que haver orientação para que os professores e estudantes usem as ferramentas de maneira mais virtuosa” — afirma o pesquisador Fabio Campos, que atua como consultor, auxiliando na formação de equipes da rede municipal do Rio de Janeiro (RJ).
“Sem dúvidas é um debate necessário, é desastroso o que está acontecendo. Mas precisamos fornecer uma educação de qualidade para que eles tenham tesão por aprender. Para que sintam que a escola é um espaço de desenvolvimento, que não queiram ficar só no celular” — argumenta a psicóloga clínica Sofia Sebben, que faz doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Sofia Lunghi. Se não for acompanhada de outras medidas, a proibição é algo vazio", diz especialista sobre o uso de celulares em sala de aula. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 09/10/2024. (Adaptado).
A questão da proibição do uso do celular em sala de aula no Brasil
Campo semântico: aluno, aprender, aprendiz, aprendizado, aula, classe, ensinar, ensino, escola, escolar, estudante, professor, sala
17281
Desafios para combater o endividamento e os vícios provenientes de apostas on-line entre os brasileiros
Textos motivadores:
Texto 1
Banco Central monitora impacto das bets no endividamento dos brasileiros, diz Campos Neto
Por Alexandro Martello, g1 — Brasília
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (26) que a instituição está monitorando impacto das apostas esportivas, chamadas de "bets", no nível de endividamento da população brasileira. Levantamento do BC divulgado nesta semana aponta que os brasileiros gastam cerca de R$ 20 bilhões por mês em apostas online nos primeiros oito meses de 2024.
Perfil do apostador
A maioria dos apostadores tem entre 20 e 30 anos, mas a prática se espalha por diferentes faixas etárias. O valor médio das transferências mensais aumenta com a idade: os mais jovens gastam cerca de R$ 100 por mês, enquanto indivíduos mais velhos ultrapassam os R$ 3 mil mensais em apostas.
Regulamentação
No fim do ano passado, o Congresso aprovou e o governo sancionou uma lei que regulamenta as apostas online no Brasil. A regulamentação traz uma série de regras para que essas empresas possam operar no país e estipula pagamento de impostos — o que hoje não acontece. Desde 2018, as apostas de quotas fixas, as bets, são autorizadas no Brasil. Mas a maioria desses sites de apostas hoje está hospedada em outros países e oferece seus serviços aos brasileiros pela internet.
Texto 2
Bets já movimentam R$100 bi no País, tiram dinheiro do consumo e causam preocupação ao varejo.
Perfil - Quem são os brasileiros que apostam nas Bets
Faixa etária em porcentagem
18 a 24 anos 14%
25 a 34 anos 29%
34 a 44 anos 22%
45 a 54 anos 12%
55 a 64 anos 10%
65 anos ou mais 13%
Região do país onde vive
Norte 8%
Nordeste 20%
Centro-Oeste 5%
Sudeste 50%
Sul 17%
Gênero em porcentagem
Masculino 58%
Feminino 42%
Classe social em porcentagem
A 5%
B 33%
C 54%
D/E 8%
O que deixou de consumir para apostar nas bets em porcentagem
Acessórios (calçados, bolsas, joias, bijuterias) 24%
Roupas 23%
Itens de mercado 19%
Viagens 19%
Refeições fora do lar 15%
Produtos de higiene e beleza 14%
Cuidados com saúde/ medicações 11%
Pagamentos de contas (despesas básicas como água, luz, gás) 11%
BNL DATA
Estudo da empresa de pesquisas Hibou, com 2.839 pessoas em agosto deste ano, mostra que a despesa mensal do brasileiro com apostas online está entre R$ 100 e RS 500. Em um ano, o gasto com apostas fica entre R$ 1,2 mil e R$ 5 mil. Em jogos online, como o "jogo do tigrinho" (Fortune Tiger), 78% dos entrevistados afirmaram não saber quanto já gastaram em apostas. Resultado disso, é o aumento da parcela dos gastos com apostas na renda familiar de 0,2% em 2018 para 0,7% em 2023, segundo Toledo, da Strategy& Brasil. Embora a fração pareça ser pouco relevante, essa categoria passa a representar 38% de todo o valor gasto com lazer e cultura (ante 10% em 2018) e 4,4% dos gastos com alimentação (ante 1,5% em 2018). Para este ano, a estimativa é de que o desembolso responda por quase 5% do valor gasto com alimentação.
Texto 3
O acontece no nosso cérebro que nos faz ficar viciados em jogos de azar
BBC BRASIL
O jogo de azar é um grande problema. De acordo com a estimativa mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 a perda global anual dos apostadores foi estimada em US$ 400 bilhões.
Em 2021, a Comissão de Jogos do Reino Unido estimou a prevalência do distúrbio do jogo compulsivo em 0,4% da população.
Outro levantamento mostrou que as taxas mais altas de compulsão por jogos de azar estavam na Ásia, seguidas pela Australásia e América do Norte, com taxas mais baixas na Europa.
Os pesquisadores desenvolveram simulações de jogos (que eles chamam de tasks — "tarefas") para medir o vício em jogos de azar, como o lowa Gambling Task e o CANTAB Cambridge Gambling Task.
Neste último, que avalia a tomada de decisões e apostas arriscadas, os participantes são solicitados a adivinhar se uma ficha amarela está escondida dentro de uma caixa azul ou vermelha, com as proporções de caixas azuis e vermelhas mudando ao longo do tempo. Eles podem então decidir quantos de seus pontos apostar em sua escolha.
Se acertam, os pontos são adicionados ao seu total, mas se perdem, os pontos são subtraídos. Eles são instruídos a tomar cuidado para não "ir à falência" — perdendo todos os pontos. Esta tarefa pode detectar os apostadores que "correm risco" de desenvolver distúrbio de jogo compulsivo, mas podem ainda não ter chegado lá — sobretudo se apresentarem sinais de impulsividade. Por meio destas tarefas, as pesquisas mostraram que envelhecemos. Outro estudo revelou que jogadores com problemas de dependência tendem a aumentar suas apostas ao longo do tempo e acabam indo à falência. A dependência de álcool e nicotina também tem sido associada a uma maior compulsão por apostas.
Desafios para combater o endividamento e os vícios provenientes de apostas on-line entre os brasileiros
comportamento digital
tecnologia, consumo
jogos de azar
aposta on-line
Referências: jogos de azar
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Caminhos e desafios para o enfrentamento ao terrorismo climático no Brasil
Textos motivadores:
Texto 1
Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado consequências de uma nova e preocupante forma de crime ambiental: o terrorismo ambiental ou climático. Este termo, que inicialmente pode parecer extremo, descreve uma prática cada vez mais comum: a queima intencional de florestas e o desmatamento ilegal promovidos por grupos que buscam lucrar com a destruição ambiental. Em suma, estes atos não apenas causam danos irreparáveis ao meio ambiente, mas também estão conectados a interesses políticos e financeiros ocultos, que favorecem a exploração de recursos naturais forma criminosa.
Fonte: https://123ecos.com.br/docs/terrorismo-ambiental-no-brasil (adaptado)
Texto 2
Queimadas: quem pesa prós e contras, não faz!
É rápido e fácil de fazer!
Mas reduz a fertilidade do solo e a qualidade da pastagem!
Aumenta a erosão e o assoreamento dos rios!
Mata animais silvestres e pode causar incêndios!
Provoca doenças respiratórias e acidentais nas estradas!
É ilegal, se não for autorizada
Consulte um técnico de sua cidade sobre práticas alternativas.
Texto 3
Secas e queimadas afetam o preço do açúcar, feijão, carne e hortaliças
Aatchim!!!
Me desculpe, é o tempo seco.
Gazo
Caminhos e desafios para o enfrentamento ao terrorismo climático no Brasil
meio ambiente
educação complementar
queimadas
mudança climática
Referências: aquecimento, efeito estufa
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Os efeitos da má alimentação e da obesidade para a saúde pública brasileira
Textos motivadores:
Texto 1
O Ministério da Saúde reconhece a obesidade como um problema de saúde pública e orienta que, diante do atual quadro epidemiológico do país, sejam prioritárias as ações de promoção da alimentação adequada e saudável, de prevenção da obesidade e intervenções para a construção de ambientes alimentares saudáveis.
Do ponto de vista conceitual, tanto o sobrepeso quanto a obesidade se referem ao acúmulo excessivo de gordura corporal, um guarda-chuva que inclui todos os outros conceitos. A obesidade é fator de risco para outras enfermidades, como: doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer. Isso sem falar da maneira como o problema é visto pela sociedade, podendo levar a estereótipos e discriminação. E é justamente nesse ponto que fica evidente como aspectos sociais e psicológicos do indivíduo podem ser afetados, para além da questão física.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2020), atualmente mais da metade dos adultos apresenta excesso de peso (60,3%, o que representa 96 milhões de pessoas), com prevalência maior no público feminino (62,6%) do que no masculino (57,5%). Um em cada cinco adolescentes com idades entre 15 e 17 anos estava com excesso de peso (19,4%) e 6,7% estavam com obesidade.
Em 2021, dados do Relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional mostram que, das crianças acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, 15,8% dos menores de 5 anos e 33,9% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso, e dessas, 7,6% e 17,8%, respectivamente, apresentavam obesidade segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) para idade. Quanto aos adolescentes acompanhados na APS em 2021, 32,7% e 13,0% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente.
Fonte: “Sobrepeso e obesidade como problemas de saúde pública”. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/. Acesso em 12/09/2024. (Adaptado).
Texto 2
Fonte: https://blogdoaftm.com.br/charge-obesidade/.
Acesso em 12/09/2024.
A despesa de R$ 1,5 bilhão no SUS mostra bem de que forma a obesidade e o sobrepeso mostram-se, mais do que condições individuais, como algo que diz respeito a políticas públicas. Esse valor representa 22% do gasto anual direto com as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), o qual foi de R$ 6,8 bilhões.
Porém, a realidade desafia a meta: projeções para 2030 – feitas em estudos também financiados pelo CNPq – indicam que 68% da população poderá estar com excesso de peso e 26% com obesidade. As preocupações aumentam junto com esses números, uma vez que obesidade e sobrepeso são fatores de risco para outras doenças respiratórias, cardiovasculares e câncer. Em 2019, por exemplo, 63,1% dos casos de diabetes mellitus 2 foram causados pelo excesso de peso no Brasil. Esse último número foi retirado da pesquisa da Unifesp.
Uma referência para contornar esse verdadeiro problema de saúde pública foi a política de combate ao tabagismo no Brasil. Para se ter uma ideia, entre 1989 e 2019, a porcentagem de fumantes no Brasil foi reduzida de 34,8% para 12,6%, segundo o Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco. As medidas incluíram restrição de publicidade, mais impostos e restrição do uso em ambientes livres.
Fonte: “1,5 bilhão no SUS: os gastos da obesidade na saúde coletiva”. Disponível em: https://painelobesidade.com.br/. Acesso em 10/09/2024. (Adaptado).
Os efeitos da má alimentação e da obesidade para a saúde pública brasileira
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17111
Geração nem-nem: como reduzir os índices de jovens que nem estudam nem trabalham no Brasil
Textos motivadores:
Texto 1
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que 23% dos jovens brasileiros não trabalham e nem estudam (os chamados jovens nem-nem). A maioria é de mulheres de baixa renda, um dos maiores porcentuais de jovens nessa situação entre nove países da América Latina e Caribe. Ainda segundo a pesquisa, 49% se dedicam exclusivamente ao estudo ou capacitação, 13% só trabalham e 15% trabalham e estudam ao mesmo tempo.
As razões para esse cenário são problemas com habilidades cognitivas e socioemocionais, falta de políticas públicas, obrigações familiares com parentes e filhos, entre outros.
Embora o termo nem-nem possa induzir à ideia de que os jovens são ociosos e improdutivos, 31% deles estão procurando trabalho, principalmente os homens, e mais da metade – cerca de 64% – dedica-se a trabalhos de cuidado doméstico e familiar, principalmente as mulheres.
“Número de jovens que nem estudam nem trabalham cresceu com a crise”. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/. Acesso em 15/09/2024.
Texto 2
Cerca de um em cada quatro (24%) jovens entre 25 e 34 anos no Brasil não trabalham nem estudam, os chamados “nem-nem”. É o que informa o estudo Education at a Glance 2024, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Apesar de as mulheres terem melhores resultados educacionais em quase todos os parâmetros avaliados, conforme o estudo, elas têm menos probabilidade de estar empregadas que os homens.
“Embora as meninas e as mulheres tenham um desempenho claramente superior ao dos meninos e dos homens na educação, o quadro se inverte quando elas entram no mercado de trabalho; as principais medidas dos resultados do mercado de trabalho são, em geral, piores para as mulheres do que para os homens”, afirma a OCDE no documento.
Em todos os países membros da OCDE, as mulheres com idade entre 25 e 34 anos têm probabilidade maior ou igual do que seus pares do sexo masculino de ter uma qualificação de nível Superior.
No Brasil, a taxa de conclusão do Ensino Superior é de 28% para as mulheres e 20% para os homens. No entanto, essa mesma faixa etária feminina tem menor probabilidade de estar empregada do que a masculina, com uma diferença ainda maior para aquelas com nível de escolaridade abaixo do Ensino Médio e menor para aquelas com nível Superior.
“Geração nem-nem: relatório da OCDE aponta que 1 em cada 4 jovens não estuda nem trabalha no Brasil”. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao/. Acesso em 15/09/2024. (Adaptado).
Texto 3
Jovens de 15 a 29 anos que não estudam e não estão ocupados, por sexo e cor ou raça - Brasil 2019-2022
Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2019-2022. Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/. Acesso em 15/09/2024.
Texto 4
Apesar do alto número de jovens incluídos nesta geração, muitos deles são empurrados para o grupo dos que nem estudam, nem trabalham, mesmo sem querer. Por esse motivo, existem algumas questões que podem ser atacadas para diminuir as chances de ser incluído nesse grupo.
Formação profissional e técnica: com uma infinidade de cursos disponíveis, em diversas modalidades de ensino e com algumas opções gratuitas, é possível começar a investir em sua formação ainda hoje e sem sair de casa.
Empreendedorismo e inovação: diante da falta de posições de trabalho que acolham novos profissionais, muitos jovens veem no empreendedorismo uma oportunidade de gerar renda e driblar as altas exigências das vagas disponíveis.
Políticas públicas de inclusão social e emprego: a criação e fortalecimento de políticas públicas de inclusão social e acesso ao emprego tem papel fundamental para a redução dos índices de nem-nem.
Além do protagonismo dos indivíduos que compõem a geração nem-nem e do papel do poder público com o objetivo de possibilitar sua formação e inclusão no mercado de trabalho, também cabe às empresas parte dessa responsabilidade.
Programas de treinamento e desenvolvimento: as empresas deveriam contratar indivíduos recém-formados e ainda sem experiência e vícios de empregos passados.
Ações de diversidade e inclusão: as empresas poderiam atuar com grupos excluídos socialmente, construindo ferramentas efetivas de inclusão.
Responsabilidade social: programas de voluntariado e projetos sociais são hoje uma das principais maneiras de a empresa se posicionar no mercado corporativo.
Disponível em: https://querobolsa.com.br/revista/geracao-nem-nem. Acesso em 15/09/2024. (Adaptado)
Geração nem-nem: como reduzir os índices de jovens que nem estudam nem trabalham no Brasil
Campo semântico: afazeres, batalhar, caminho, desempregado, desocupado, emprego, empresa, empresário, estágio, executar, experiência, formação, futuro, laborar, labuta, labutar, mercado, nem - nem, nem nem, nem-nem, ocupação, ocupar, ocupar-se, oportunidade, profissão, profissional, responsabilidade, sonhar, trabalhador, trabalhadores, trabalhar, trabalhista, trabalho
17101
Impactos da influência digital na promoção de jogos de azar no Brasil
Textos motivadores:
Texto 1
O marketing de influência tem alto poder de engajamentos e consegue amplificar o alcance da mensagem. Parte desse sucesso tem a ver com o fato de que influencers são pessoas reais, gente como a gente, fator que tende a aumentar a confiança do consumidor e a credibilidade da mensagem que a marca deseja passar. E essa é uma noção que vem sendo rapidamente assimilada pelo mercado. Segundo a pesquisa ROI & Influência, feita pela YouPix em 2019, 68% das marcas consideram o marketing de influência importante em seus planos de comunicação. O levantamento aponta ainda que, naquele ano, 56% das empresas previam aumentar o investimento na área para o ano seguinte.
SANTOS, T. K. O impacto do mercado de influenciadores digitais no consumo e no mercado em geral. Betminds, s.d. Disponivel em: www.betminds.ag. Acesso em: 26 jan. 2024.
Texto 2
Jogos de azar no Brasil
O presidente Getúlio Vargas, em outubro de 1941, aprovou um Decreto-Lei, válido até os dias de hoje, que ficou conhecido como 'Lei de Contravenções Penais'. Em relação aos 'jogos de azar', definiu que era crime "estabelecer ou explorar jogos de azar em um lugar público ou acessível ao público". Essa mesma lei definiu que 'jogos de azar' é um jogo no qual perda/ganho depende exclusivamente ou principalmente da sorte. Em 1946, outro Decreto-Lei aprovado pelo presidente Gaspar Dutra, definiu o 'jogo de azar' como "degradante para o ser humano".
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/jogos-de-azar-no-brasil-crescente-popularidade-e-seus-riscos/2544136329
Texto 3
Live
Eu não influencio ninguém!
Fez foi porque quis!
Disponível em: https://nanquim.com.br/author/backupnanquim/page/10/
Texto 4
O uso das redes sociais para promoção de jogos de azar
A promoção de jogos de azar por influenciadores digitais pode levar a sérios problemas como vício, dificuldades financeiras e impactos na saúde mental. A publicidade desses serviços, especialmente para audiências jovens, pode ser enganosa e promover uma falsa percepção de facilidade de ganho financeiro. A exploração desses jogos, frequentemente apresentada como uma forma de entretenimento inofensiva, pode mascarar a realidade dos riscos envolvidos. A maioria dos jogadores enfrenta perdas financeiras significativas e, em muitos casos, desenvolve problemas de vício que impactam suas vidas pessoais e profissionais.
Disponível em: https://jovempan.com.bdopiniao-jovem-pan/comentaristastricardo-motta/como-influenciadores-digitais-estao-promovendo-o-vicio-em-jogos-de-azar.htmr/03famp
Impactos da influência digital na promoção de jogos de azar no Brasil
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Como ler os livros de Monteiro Lobato nas escolas?
Textos motivadores:
Texto 1
A obra infantil de Monteiro Lobato pode ser considerada uma espécie de alegoria ou de síntese desse entrecruzamento da tradição oral brasileira (de índios, caboclos, negros, mulatos e brancos nativos) com a tradição europeia veiculada pela escrita (as coletâneas e obras de autoria). O Sítio do Picapau Amarelo constitui o palco onde os netos de Dona Benta, descendentes de europeus, vivem aventuras com personagens ameríndios, mas já perpassadas por influências caboclas e afrodescendentes. Saci, Cuca, Iara, Curupira tiveram suas narrativas matizadas pelo catolicismo afrouxado nos entrechoques das três culturas. O Sítio abre portas para mitos gregos (Teseu e o Minotauro, Hércules) e personagens de outros grandes criadores (Carlo Collodi, J. M. Barrie, Daniel Defoe, Miguel de Cervantes e outros) bem antes de estes terem sido popularizados pelos Estúdios Disney. Lobato acreditava no poder de encantamento das fontes brasileiras e as via como um caminho para a criança tomar contato também com o conhecimento de histórias e mitos de todas as partes do mundo, mas não sem antes experimentar um banho cultural na oralidade miscigenada dessas três culturas. Sua pedagogia literária abre um fluxo recíproco entre o regional e o universal, permitindo que a criança brasileira sinta sua cultura em pé de igualdade com as de outros países e continentes – uma contribuição inestimável para a infância brasileira. Para fazê-la funcionar bem, não basta simplesmente jogar o livro nas mãos da criança, é preciso retomar a base de sua constituição, o que significa imitar dona Benta em sua cadeira de balanço, contando e encantando ao mesmo tempo em que remete as crianças para os livros. E, claro, é preciso evidenciar e discutir o racismo explícito nas páginas de Lobato, com coragem. Ele existe e incomoda. Há alguns anos houve uma celeuma entre intelectuais brasileiros sobre o fato de o Ministério da Educação exigir uma nota de rodapé esclarecendo e contextualizando as expressões grotescas em torno da personagem Tia Nastácia.
Belintane, Claudemir. A corporalidade e a repercussão de suas vozes. In: Belintane, C. Da corporalidade lúdica à leitura significativa. São Paulo: Scortecci, 2017.
Texto 2
Nem todos lembram que o primeiro livro publicado por Lobato foi, em 1918,“O Saci-Pererê: Resultado de um Inquérito”, a partir de uma pesquisa promovida por ele, fascinado que era pelo personagem.
Esquecem-se de “Negrinha”, conto tremendo, de crueldade dolorosa, sobre uma pequena órfã negra de sete anos, pouco tempo depois do 13 de maio, um testemunho do abandono no qual foram deixados os ex-escravos: “O corpo de Negrinha era tatuado de sinais, cicatrizes, vergões. Batiam nele os da casa todos os dias, houvesse ou não houvesse motivo”.
Lobato era um iluminista e acreditava na racionalidade. Mas sabia que os homens são contraditórios. Por isso, no “Sítio”, os personagens são tão diferentes entre si.
Odiava o angelismo, que deixa insossos muitos livros infantis e que transformou as adaptações na televisão — exceto as velhíssimas, na TV Tupi, por Júlio Gouveia — em bobagem conformista.
Lobato não evitava a crueldade. Um de seus livros mais assustadores é “A Chave do Tamanho”. Nele está a frase de Lobato que mais me marcou: “A humanidade forma um corpo só”. Sem hierarquias. Quando uma parte sofre, é o corpo inteiro que sofre.
Só quem não leu ou não compreendeu os livros infantis de Lobato pode julgá-los racistas. Não ensinam o moralismo sentimental. Antes, induzem à crítica, ao exame, à independência do pensamento individual e autônomo.
COLI. Jorge. Só quem não leu ou não entendeu os livros de Monteiro Lobato pode julgá-los racista. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-coli/2019/02/>. Acesso em: 20/06/2021.
Texto 3
Não há como saber ao certo o que um texto com passagens racistas pode causar no público infantil. Mas tampouco é possível considerar satisfatória a alegação de que nenhum menino ou menina se torna racista porque lê Lobato. Este argumento representa mais um desvirtuamento na discussão, pois se inscreve perfeitamente no tipo “suave” de racismo brasileiro. Ou seja, a criança não passa a odiar os negros, mas continua a ver como natural o fato de eles estarem em situação de humilhação ou inferioridade. É assim que os estereótipos racistas seguem se perpetuando, sutilmente, sem alarde.
Ademais, é fundamental levar em conta a criança negra, meio esquecida nesta conversa. Imaginemos um aluno negro lendo um livro em que a única personagem de sua cor é o tempo todo ridicularizada e chamada de “macaca” ou “negra beiçuda”. Como ele lida com isso? Não é possível que as outras crianças, mesmo por brincadeira, o associem à personagem e achem natural dar-lhe o mesmo tratamento? Numa época em que tanto se fala de bullying, é no mínimo estranho não imaginar que leituras em que aparecem manifestações racistas possam incentivar essa prática. Alguns estudos atestam que, além de interferir no rendimento, o racismo tem grande responsabilidade pela evasão escolar de crianças negras.
MIGUEL, Adilson. “Lobato e o racismo”. Disponível em: <https://revistaemilia.com.br/lobato-e-o-racismo/>. Acesso em: 20/06/2021.
Como ler os livros de Monteiro Lobato nas escolas?
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população negra, educação
leitura
escola
Referências: --
Campo semântico: academia, aula, colégio, docente, educacional, educação, educativo, ensino primário, escola, escolar, escolas, estudante, estudar, estudo, grundschule, instituto, matéria, matrícula, pedagogia, pedagógica, professor, sala
Campo semântico: dona benta, emília, monteiro lobato, narizinho, pedrinho, sitio do pica pau amarelo, sitio do pica-pau amarelo, sitio do picapau amarelo, sítio do pica pau amarelo, sítio do pica-pau amarelo, sítio do picapau amarelo, tia anastácia, tia nastácia
17067
Obstáculos para a expansão do trabalho voluntário no Brasil
Textos motivadores:
Texto 1
No final do mês de agosto, comemoramos o Dia Nacional do Voluntariado para lembrar, justamente, a importância de olharmos mais para a nossa própria comunidade e buscarmos formas de contribuição efetiva. A pesquisa Voluntariado na Educação, realizada pelo Datafolha em dezembro de 2021 a pedido do Itaú Social, mostrou que quatro a cada 10 brasileiros fizeram alguma ação durante os dois anos da pandemia, e que quase a metade (47%) perceberam que houve um aumento de doações de alimentos e itens básicos.
Apesar dos números indicarem que nove em cada 10 pessoas reconhecem a importância do voluntariado, a realidade é que ainda não existe uma cultura solidária consolidada no país. Uma das razões desse baixo desempenho é que 71% da população têm interesse em praticar ações solidárias, mas a falta de informações impede a atuação mais direta junto à comunidade. Da parcela que nunca praticou voluntariado, 35% citam a falta de oportunidade e 32%, de tempo.
Correio Braziliense. A força do voluntariado contra a desigualdade. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/>. Acesso em: 17/09/2024.
Texto 2
Em pesquisa do Datafolha, realizada em 2021, a respeito de prestar serviços sem remuneração para a comunidade em projetos sociais, 15% dos entrevistados disseram se dedicar à atividade; 33% já prestaram tais serviços; 52% nunca o fizeram. Para quem fez ou faz, a frequência da prestação do serviço era de pelo menos uma vez por semana para 28% e de uma vez por mês para 25%.
O serviço voluntário mais citado é a ajuda a pessoas em situação de rua. O motivo e a intermediação religiosos são relevantes na disposição para o voluntariado. Igrejas são as instituições mais conhecidas pela atuação na área. É lá também que ocorre a maior parte da atuação. Um dos três principais retornos da atividade é aproximar-se de Deus, dizem os voluntários.
Entre os principais motivos para jamais ter se engajado estão a falta de oportunidade, de apoio, de incentivo e convite ou a escassez de informação a respeito de como fazer tais serviços, disseram 35% dos entrevistados. A falta de tempo, devido a trabalho, estudos ou cuidados domésticos, foi razão apontada por 32%. A seguir, com 14%, vêm o desinteresse e a falta de identificação pessoal.
À frente das demais, a área de ação voluntária que desperta muito interesse é a distribuição de alimentos, roupas e calçados (70%). A seguir, vêm saúde e preservação ambiental (ambas com 63%), educação (62%) e animais (61%).
Maioria tem interesse, mas poucos fazem trabalho voluntário, mostra Datafolha. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso em: 17/09/2024. (Adaptado).
Texto 3
A parcela de pessoas que fazem trabalho voluntário no país registrou, em 2022, maior fatia em três anos. A informação consta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Outras Formas de Trabalho (PNAD) de 2022, veiculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na prática, 7,3 milhões de pessoas realizaram trabalho voluntário em 2022, de acordo com o IBGE. Houve um acréscimo de 603 mil voluntários entre 2019 e 2022, calculou o instituto.
Ao se considerar o perfil do voluntariado no Brasil, o instituto apurou que ele é mais frequente entre mulheres. No contingente feminino acima de 14 anos do país, a taxa de realização de trabalho voluntário ficou em 4,9% do total. Em contrapartida, essa parcela foi de 3,5% no total de homens.
Os pesquisadores do IBGE observaram, ainda, que o trabalho voluntário aumentava conforme a idade. Na faixa de 50 anos ou mais, 4,8% faziam trabalho voluntário em 2022. Essa parcela era menor no contingente entre 25 anos e 49 anos, de 4,5%; e de 2,5% no total de pessoas entre 14 anos e 24 anos.
O voluntariado também parece aumentar a depender da escolaridade da pessoa. Entre os que têm superior completo, a taxa de realização de trabalho voluntário ficou em 6,9%, maior porcentagem entre os entrevistados.
Houve, ainda, uma preponderância de trabalho voluntário em moldes organizacionais, na ótica do estudo. Em 2022, 86,4% do trabalho voluntário era realizado por meio de empresa, organização ou instituição.
Trabalho voluntário aumenta no país, impulsionado por pandemia, diz IBGE. Disponível em: <https://valor.globo.com/>. Acesso em 17/09/2024. (Adaptado).
Texto 4
28 de Agosto Dia Nacional do Voluntariado
O Voluntariado transforma o futuro.
Campanha Transforma BH. Disponível em: <https:/facebook.com/>. Acesso em: 17/09/2024. (Adaptado).
Obstáculos para a expansão do trabalho voluntário no Brasil
Refugiados: entre a questão humanitária e o acesso aos serviços essenciais
Textos motivadores:
Texto 1
Quantas pessoas refugiadas existem no mundo?
Até o final de 2023, mais de 117 milhões de pessoas permaneceram deslocadas à força devido a perseguições, conflitos, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbam seriamente a ordem pública. Isso representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior (um acréscimo de 8,8 milhões de pessoas), continuando uma tendência de aumentos anuais há 12 anos. Países de baixa e média renda acolhiam 75% dos refugiados do mundo e outras pessoas necessitando de proteção internacional ao final de 2023. Por outro lado, os países menos desenvolvidos forneceram asilo para 21% do total. Além disso, 69% dos refugiados e outras pessoas necessitando de proteção internacional viviam em países vizinhos aos seus países de origem. O constante aumento de pessoas em situação de deslocamento forçado reflete novos e antigos conflitos, é reflexo da falha em resolver conflitos prolongados e da falta de vontade política para abordar as causas do deslocamento. No ano passado, pelo menos 25 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas por guerras e conflitos, com quase uma em cada cinco (19%) fugindo para outro país.
Disponível em: https://www.acnur.org/prtugues/dados-sobre-refugiados/. Acesso em 17/09/2024. (Adaptado).
Texto 2
Embora o Brasil seja considerado receptivo com refugiados, boa parte dos estrangeiros que chegam ao país devido a deslocamentos forçados em seus países de origem enfrenta obstáculos que impedem a inclusão econômica. Quase a totalidade (99%) dos refugiados que estão hoje no Brasil têm documentos e podem utilizar os serviços públicos e trabalhar legalmente, além de 91% possuírem permissão temporária ou permanente de residência. No entanto, somente 15% conseguem acessar serviços financeiros como conta poupança ou obter empréstimos e apenas 22% possuem cartão de crédito, aponta relatório elaborado pela International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial, com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O cenário atrapalha, segundo a IFC, tanto a inclusão econômica de refugiados no país como ignora o potencial de negócios gerados por imigrantes para os bancos. “Hoje temos uma baixa oferta de produtos e serviços a este público por um certo desconhecimento por parte das instituições financeiras a respeito do perfil dessas pessoas”, comenta Jeffrey Bower, executivo-sênior de consultoria para instituições financeiras da IFC. O estudo mostra que 88% dos refugiados em solo brasileiro pretendem permanecer no país, uma informação importante para a confiabilidade de fazer negócios com esse público. “Entendemos que é importante que as instituições ofereçam uma jornada para que esse cliente em potencial, que hoje não apresenta histórico de crédito, possa ter acesso a uma porta de entrada. Por exemplo uma conta bancária para transacionar, fazer remessas, um cartão com limite adequado”, diz Bower.
Por Rafael Vazquez. Inclusão econômica é desafio para refugiados no Brasil. Valor Econômico. Disponível em: https://valor.globo.com. Acesso em 17/09/2024. (Adaptado).
Texto 3
Acolhimento de refugiados precisa melhorar, aponta debate
Dados de 2022 registram que mais de 108 milhões de pessoas tiveram que migrar do país de origem para buscar abrigo em outro país por motivos variados, como a perseguição política e religiosa, mudanças climáticas ou mesmo a guerra. Nessa corrente migratória, o Brasil já acolheu cidadãos do Afeganistão, Síria, Haiti e Ucrânia, que recebem vistos humanitários. Apesar de contar com uma legislação avançada na área de imigração, o Brasil ainda precisa avançar na política de inclusão social das pessoas que chegam ao território brasileiro. Essa opinião foi repetida por especialistas durante audiência pública realizada pela Comissão Mista sobre Migrações e Refugiados (CMMIR). A reunião, comandada pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), presidente do colegiado, abordou mais especificamente dois temas que afligem migrantes: a possibilidade de exercer a sua profissão no país de destino e o futuro de crianças que migram e acham refúgio em outras nações.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/. Acesso em 17/09/2024. (Adaptado).
Texto 4
Número de refugiados triplicou em 2023 em relação à década anterior
A violência e os conflitos contribuíram para o aumento
40% dos refugiados em 2023 eram crianças*
2 milhões de crianças nasceram como refugiados entre 2018 e 2023, segundo estimativa
69% dos refugiados foram acolhidos por países vizinhos
5 países acolhem 40% dos refugiados: Irã, Turquia, Colômbia, Alemanha e Paquistão
Fonte: Relatório ACNUR 2023
*Uma estimativa devido à falta de detalhes demográficos . Incluem pessoas em situações semelhantes e outras que precisam de proteção internacional
Refugiados: entre a questão humanitária e o acesso aos serviços essenciais
Refugiados: entre a questão humanitária e o acesso aos serviços essenciais
Textos motivadores:
Texto 1
Quantas pessoas refugiadas existem no mundo?
Até o final de 2023, mais de 117 milhões de pessoas permaneceram deslocadas à força devido a perseguições, conflitos, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbam seriamente a ordem pública. Isso representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior (um acréscimo de 8,8 milhões de pessoas), continuando uma tendência de aumentos anuais há 12 anos. Países de baixa e média renda acolhiam 75% dos refugiados do mundo e outras pessoas necessitando de proteção internacional ao final de 2023. Por outro lado, os países menos desenvolvidos forneceram asilo para 21% do total. Além disso, 69% dos refugiados e outras pessoas necessitando de proteção internacional viviam em países vizinhos aos seus países de origem. O constante aumento de pessoas em situação de deslocamento forçado reflete novos e antigos conflitos, é reflexo da falha em resolver conflitos prolongados e da falta de vontade política para abordar as causas do deslocamento. No ano passado, pelo menos 25 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas por guerras e conflitos, com quase uma em cada cinco (19%) fugindo para outro país.
Disponível em: https://www.acnur.org/prtugues/dados-sobre-refugiados/. Acesso em 17/09/2024. (Adaptado).
Texto 2
Embora o Brasil seja considerado receptivo com refugiados, boa parte dos estrangeiros que chegam ao país devido a deslocamentos forçados em seus países de origem enfrenta obstáculos que impedem a inclusão econômica. Quase a totalidade (99%) dos refugiados que estão hoje no Brasil têm documentos e podem utilizar os serviços públicos e trabalhar legalmente, além de 91% possuírem permissão temporária ou permanente de residência. No entanto, somente 15% conseguem acessar serviços financeiros como conta poupança ou obter empréstimos e apenas 22% possuem cartão de crédito, aponta relatório elaborado pela International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial, com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O cenário atrapalha, segundo a IFC, tanto a inclusão econômica de refugiados no país como ignora o potencial de negócios gerados por imigrantes para os bancos. “Hoje temos uma baixa oferta de produtos e serviços a este público por um certo desconhecimento por parte das instituições financeiras a respeito do perfil dessas pessoas”, comenta Jeffrey Bower, executivo-sênior de consultoria para instituições financeiras da IFC. O estudo mostra que 88% dos refugiados em solo brasileiro pretendem permanecer no país, uma informação importante para a confiabilidade de fazer negócios com esse público. “Entendemos que é importante que as instituições ofereçam uma jornada para que esse cliente em potencial, que hoje não apresenta histórico de crédito, possa ter acesso a uma porta de entrada. Por exemplo uma conta bancária para transacionar, fazer remessas, um cartão com limite adequado”, diz Bower.
Por Rafael Vazquez. Inclusão econômica é desafio para refugiados no Brasil. Valor Econômico. Disponível em: https://valor.globo.com. Acesso em 17/09/2024. (Adaptado).
Texto 3
Acolhimento de refugiados precisa melhorar, aponta debate
Dados de 2022 registram que mais de 108 milhões de pessoas tiveram que migrar do país de origem para buscar abrigo em outro país por motivos variados, como a perseguição política e religiosa, mudanças climáticas ou mesmo a guerra. Nessa corrente migratória, o Brasil já acolheu cidadãos do Afeganistão, Síria, Haiti e Ucrânia, que recebem vistos humanitários. Apesar de contar com uma legislação avançada na área de imigração, o Brasil ainda precisa avançar na política de inclusão social das pessoas que chegam ao território brasileiro. Essa opinião foi repetida por especialistas durante audiência pública realizada pela Comissão Mista sobre Migrações e Refugiados (CMMIR). A reunião, comandada pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), presidente do colegiado, abordou mais especificamente dois temas que afligem migrantes: a possibilidade de exercer a sua profissão no país de destino e o futuro de crianças que migram e acham refúgio em outras nações.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/. Acesso em 17/09/2024. (Adaptado).
Texto 4
Número de refugiados triplicou em 2023 em relação à década anterior
A violência e os conflitos contribuíram para o aumento
40% dos refugiados em 2023 eram crianças*
2 milhões de crianças nasceram como refugiados entre 2018 e 2023, segundo estimativa
69% dos refugiados foram acolhidos por países vizinhos
5 países acolhem 40% dos refugiados: Irã, Turquia, Colômbia, Alemanha e Paquistão
Fonte: Relatório ACNUR 2023
*Uma estimativa devido à falta de detalhes demográficos . Incluem pessoas em situações semelhantes e outras que precisam de proteção internacional
Refugiados: entre a questão humanitária e o acesso aos serviços essenciais
Obstáculos para consolidar uma efetiva política antidrogas no Brasil
Textos motivadores:
Texto 1
Após 10 anos de existência da Lei 11.343/2006, também conhecida como Lei de Drogas, o doutor em Direito Penal pela USP e ex-secretário Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Luiz Guilherme Paiva, comenta sobre a ineficácia da lei no cenário brasileiro. Segundo ele, é uma política repressiva cara e ineficiente que prioriza o combate aos "microtraficantes" e não afeta o mercado bilionário das drogas.
Dada a dificuldade da própria lei em estabelecer a diferença entre "usuário" e "traficante", o número de pessoas presas por tráfico aumentou de maneira brutal. No fim das contas, movemos uma estrutura policial e judicial caríssima que não consegue atingir o cerne do problema.
O que chamamos de "economia da droga" é um mercado bilionário, que envolve redes de produção e distribuição de drogas e um fluxo enorme de dinheiro.
Mas nosso sistema se preocupa essencialmente com a ponta mais frágil desse mercado, que são os microtraficantes. A prisão de centenas de milhares de microvarejistas, que é o que fazemos hoje, não afeta em absolutamente nada esse grande negócio.
Atualmente, os indicadores de sucesso da política de drogas são basicamente repressivos: quantidade de droga apreendida, número de pessoas presas por tráfico, etc.
“Política antidrogas no Brasil é ineficaz, diz especialista” Revista Exame. Disponível em: https://exame.com/brasil/. Acesso em 18/09/2024. (Adaptado).
Texto 2
A alteração promovida pela Lei n. 13.840/2019 estabeleceu a necessidade de implementação de um Plano Nacional de Políticas sobre Drogas, prevendo pelo menos os seguintes objetivos:
promover a interdisciplinaridade e integração dos programas, ações, atividades e projetos dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, educação, trabalho, assistência social, previdência social, habitação, cultura, desporto e lazer, visando à prevenção do uso de drogas, atenção e reinserção social dos usuários ou dependentes de drogas;
viabilizar a ampla participação social na formulação, implementação e avaliação das políticas sobre drogas;
priorizar programas, ações, atividades e projetos articulados com os estabelecimentos de ensino, com a sociedade e com a família para a prevenção do uso de drogas;
ampliar as alternativas de inserção social e econômica do usuário ou dependente de drogas, melhorando sua escolarização e a qualificação profissional;
promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas.
Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Plano Nacional de Políticas Sobre Drogas (Planad). Disponível em: https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-protecao/politicas-sobre-drogas/consulta-publica-do-planad. Acesso em 16/09/2024. (Adaptado).
Texto 3
Uma pesquisa concluída no ano passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) chegou à conclusão de que existe criminalização da pobreza, pouca investigação no combate às drogas e um volume muito alto de prisões provisórias. O governo diz que os dados estão sendo analisados para subsidiar as ações do Poder Executivo. “A maior parte das pessoas presas por tráfico de drogas são jovens de 18 a 24 anos e a maior parte são negras, pessoas que são assistidas pela Defensoria Pública, o que indica que são pessoas hipossuficientes, que não têm recursos”, explica Gorete Marques, doutora em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e pesquisadora do NEV.
A média do volume de drogas apreendida por abordagem é de cerca de 66g, o que equivale a um saquinho de queijo ralado. “Se a gente for pensar em termos de impacto dessa ação policial, ela é muito pouco efetiva para combater de fato o mercado ilegal de drogas”, explica Gorete. Entrevistas conduzidas com policiais civis, promotores e juízes revelaram que a atual política de combate às drogas é a mesma coisa que enxugar gelo: uma série de prisões é feita, mas não tem impacto no mercado ilegal de drogas. O que acontece é o encarceramento sistemático de uma população vulnerável que, dentro do sistema prisional, sofre outros tipos de violação.
“Política de combate às drogas ainda é incipiente para o tamanho do problema no país”. Jornal da USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/. Acesso em 16/09/2024. (Adaptado).
Texto 4
Peso da mídia com o tráfico no varejo.
Peso da mídia com o tráfico no atacado.
A diferença de tratamento dado pela imprensa nos casos de tráfico no varejo e no atacado, segundo o cartunista Carlos Latuff; caso do helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella, flagrado com mais de 400 quilos de cocaína, foi divulgado com discrição. Disponível em: https://publisher.brasil247.com/midia/carlos-latuff-dois-pesos-e-duas-medidas. Acesso em 16/09/2024. (Adaptado).
Obstáculos para consolidar uma efetiva política antidrogas no Brasil
Campo semântico: assistência social, cultura, desporto e lazer, educação, habitação, inserção social, integração de programas, legislação, lei, participação social, planad, plano nacional de políticas sobre drogas, previdência social, reinserção social, serviços, trabalho, tratamento, visando à prevenção do uso de drogas
16936
A obesidade é um problema social ou individual?
Textos motivadores:
Texto 1
Pesquisa mostra que sociedade exclui obesos e associa a doença à preguiça
A pesquisa, realizada pelo instituto Forsa – sob encomenda da seguradora DAK –, revelou que 71% dos entrevistados consideram o aspecto físico dos obesos antiestético e 15% evitam o contato com eles. A maioria das pessoas consultadas considera que os obesos são preguiçosos e, por isso, não conseguem emagrecer.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/09/21/sociedade-exclui-obesos-diz-estudo.htm. Acesso em 10/09/2024.
Texto 2
‘A obesidade está nas entrelinhas do sistema alimentar’
Costuma-se tachar de bullying. Mas isso está errado. Culpar um indivíduo por estar obeso não é só ofensivo: é também uma noção equivocada. O excesso de peso corporal pode ter relação com aspectos que fogem do controle dos indivíduos. A obesidade é uma pandemia mundial, e somente no Brasil afeta quase um quinto da população, segundo o Ministério da Saúde. O problema tem culpa, e pode não ser você. O excesso de peso planetário está diretamente ligado com os nossos sistemas alimentares, controlados por grandes corporações agrícolas e de produção de comida. Estas privilegiam o cultivo de commodities, bem como a oferta de itens ultraprocessados, com excesso de sal, gorduras e açúcar, em detrimento do consumo de alimentos frescos.
Disponível em: https://ojoioeotrigo.com.br/2019/08/a-obesidade-esta-nas-entrelinhas-do-sistema-alimentar/. Acesso em 10/09/2024.
Texto 3
Obesidade não deve ser tratada como problema individual
É importante termos um olhar para a obesidade como um problema coletivo da sociedade, e não individual. O doutor Bruno Halpern, especialista em Clínica Médica, Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), reforça o equívoco do saber comum de tratar a obesidade como uma condição de pessoas preguiçosas, que não se esforçam, e que, se quisessem, emagreceriam, como se o problema crescente nas últimas décadas fosse a irresponsabilidade das pessoas com sua alimentação. “Obviamente isso é um equívoco, precisamos entender a complexidade das causas da obesidade. Se fosse assim, cada um faria sua parte e o problema se resolveria. Temos uma epidemia com múltiplas causas, não é uma questão individual.”
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/obesidade-nao-deve-ser-tratada-como-problema-individual/. Acesso em 10/09/2024.
Texto 4
Veja 8 fatores determinantes para a obesidade, segundo pesquisa brasileira
De acordo com os pesquisadores — Sandra Ferreira (USP); Yazmín Macotela (UNAM – México); Licio Velloso, coordenador do OCRC (Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades); e Marcelo Mori, associado ao OCRC — existem oito fatores determinantes para a obesidade:
ambiente físico;
exposição alimentar;
interesse econômico e político;
desigualdade social;
acesso limitado ao conhecimento científico;
cultura;
comportamento contextual;
genética.
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/veja-8-fatores-determinantes-para-a-obesidade-segundo-pesquisa-brasileira/. Acesso em 10/09/2024.
Pesquisa mostra que sociedade exclui obesos e associa a doença à preguiça
A pesquisa, realizada pelo instituto Forsa – sob encomenda da seguradora DAK –, revelou que 71% dos entrevistados consideram o aspecto físico dos obesos antiestético e 15% evitam o contato com eles. A maioria das pessoas consultadas considera que os obesos são preguiçosos e, por isso, não conseguem emagrecer.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/09/21/sociedade-exclui-obesos-diz-estudo.htm. Acesso em 10/09/2024.
Texto 2
‘A obesidade está nas entrelinhas do sistema alimentar’
Costuma-se tachar de bullying. Mas isso está errado. Culpar um indivíduo por estar obeso não é só ofensivo: é também uma noção equivocada. O excesso de peso corporal pode ter relação com aspectos que fogem do controle dos indivíduos. A obesidade é uma pandemia mundial, e somente no Brasil afeta quase um quinto da população, segundo o Ministério da Saúde. O problema tem culpa, e pode não ser você. O excesso de peso planetário está diretamente ligado com os nossos sistemas alimentares, controlados por grandes corporações agrícolas e de produção de comida. Estas privilegiam o cultivo de commodities, bem como a oferta de itens ultraprocessados, com excesso de sal, gorduras e açúcar, em detrimento do consumo de alimentos frescos.
Disponível em: https://ojoioeotrigo.com.br/2019/08/a-obesidade-esta-nas-entrelinhas-do-sistema-alimentar/. Acesso em 10/09/2024.
Texto 3
Obesidade não deve ser tratada como problema individual
É importante termos um olhar para a obesidade como um problema coletivo da sociedade, e não individual. O doutor Bruno Halpern, especialista em Clínica Médica, Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), reforça o equívoco do saber comum de tratar a obesidade como uma condição de pessoas preguiçosas, que não se esforçam, e que, se quisessem, emagreceriam, como se o problema crescente nas últimas décadas fosse a irresponsabilidade das pessoas com sua alimentação. “Obviamente isso é um equívoco, precisamos entender a complexidade das causas da obesidade. Se fosse assim, cada um faria sua parte e o problema se resolveria. Temos uma epidemia com múltiplas causas, não é uma questão individual.”
Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/obesidade-nao-deve-ser-tratada-como-problema-individual/. Acesso em 10/09/2024.
Texto 4
Veja 8 fatores determinantes para a obesidade, segundo pesquisa brasileira
De acordo com os pesquisadores — Sandra Ferreira (USP); Yazmín Macotela (UNAM – México); Licio Velloso, coordenador do OCRC (Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades); e Marcelo Mori, associado ao OCRC — existem oito fatores determinantes para a obesidade:
ambiente físico;
exposição alimentar;
interesse econômico e político;
desigualdade social;
acesso limitado ao conhecimento científico;
cultura;
comportamento contextual;
genética.
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/veja-8-fatores-determinantes-para-a-obesidade-segundo-pesquisa-brasileira/. Acesso em 10/09/2024.
A função social dos influenciadores digitais no Brasil
Textos motivadores:
Texto 1
Mercado de influenciadores digitais ganha força durante pandemia Desde o inicio do isolamento social no Brasil, criadores de conteúdo apostaram em formatos on-line para continuarem se comunicando com cada público. Por live, YouTube, IGTV ou stories, as redes sociais e o mercado de influenciadores ganharam força durante a pandemia do novo coronavírus. As lives, por exemplo, têm provocado uma grande transformação na indústria do entretenimento. Segundo a consultoria PwC, no Brasil, as redes sociais devem gerar uma receita de US$ 43,7 bilhões em 2021 - US$ 2,23 trilhões em todo o mundo. Os influenciadores digitais, ou influencers como também são conhecidos, sempre foram investimentos estratégicos das empresas. Para a contratação, eles devem ter a "cara da marca", divulgar produtos e serviços e mostrar experiências reais, que se conectam com o dia a dia dos seguidores, além de carregarem credibilidade em seus nomes. Segundo uma pesquisa divulgada pela You Pix, 90% dos respondentes afirmaram que estão passando mais tempo nas redes sociais durante o isolamento social. Isso mostra que o marketing de influência - área em que se situam os influenciadores digitais - é um ramo para investir neste momento.
Disponível em: <https://paranashop.com.br/2020/07/mercado-de-influenciadores-digitais-ganha-forca-durante-pandemia/>.
Texto 2
Classificação de influenciadores pelo número de seguidores numa rede social
Megainfluenciador - mais de 1 milhão
Macroinfluenciador - 500 mil a 1 milhão
Intermediário - 100 mil a 500 mil
Microinfluenciador - 10 mil a 100 mil
Nanoinfluenciador - até 10 mil
Fonte: influency.me
Texto 3
Todos nós, de algum modo, somos influenciadores em nosso meio social, profissional e familiar, mas existem pessoas que obtêm sua fonte de renda exclusivamente da divulgação de marcas em ambiente digital. No entanto, a atividade do influencer ainda não está regulamentada como uma profissão no Brasil, mas sua formalização já vem sendo debatida pela sociedade. Inclusive, chegou a ser alvo de vários projetos de lei, por exemplo, o PL 10 937/2018, apensado ao PL 4 289/2016 e ao PL 8 569/2017, para a regulamentação da profissão de influenciador digital, vlogueiro e blogueiro; PL 4 175/2012 e PL 6 555/2013 (que institui o Dia Nacional do Blogueiro).
Como o marketing de influência é considerado uma prática relativamente nova e carente de regulamentação legal no Brasil, muitos influenciadores desconhecem questões jurídicas importantes relacionadas à prática publicitaria. È preciso ficar atento a essas práticas, de modo a não desrespeitar as regras do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2020-jun-18/renata-lulz-atuacao-dlgital-influencencer>.
Texto 4
A compreensão da função social de um influenciador digital não é nada complexa, uma vez que tal função se enquadraria corno um agir voltado à prática de boas ações, sobretudo no campo profissional. Não pode o influencer valer-se do seu prestígio e da sua credibilidade para obter vantagens e lucros indevidos, induzindo o consumidor a adquirir produto ou serviço que não são bons.
A ideia a ser defendida, no que tange à função social que deve ter a personalidade pública, está diretamente ligada a valores éticos e morais, que encontram respaldo no ordenamento jurídico em diversos princípios, inclusive, constitucionais.
O influenciador digital deve estar consciente de que possui um papel social e que detém uma força persuasiva muito grande perante o consumidor. Nesse sentido, a fama dos influenciadores é construída pelo próprio público, que, muitas vezes, torna-se vítima da irresponsabilidade de alguns.
Disponível em: <https://josinaldoleal.jusbrasil.com.br/artigos/121943468/a-funcao-social-da-celebridade>.
A função social dos influenciadores digitais no Brasil
Os riscos da disseminação de informações por influenciadores digitais
Textos motivadores:
Texto 1
O marketing de influência tem alto poder de engajamentos e consegue amplificar o alcance da mensagem. Parte desse sucesso tem a ver com o fato de que influencers são pessoas reais, gente como a gente, fator que tende a aumentar a confiança do consumidor e a credibilidade da mensagem que a marca deseja passar. E essa é uma noção que vem sendo rapidamente assimilada pelo mercado. Segundo a pesquisa ROI & Influência, feita pela YouPix em 2019, 68% das marcas consideram o marketing de influência importante em seus planos de comunicação. O levantamento aponta ainda que, naquele ano, 56% das empresas previam aumentar o investimento na área para o ano seguinte.
SANTOS. T. K. O impado do mercado de influenciadores digitais no consumo e no mercado em geral. Betminds, s.d. Disponível em: www.betminds.ag. Acesso em. 26 jan. 2024.
Texto 2
Com uma campanha massiva no mundo digital, da qual influenciadores com milhões de seguidores e as modelos mais bem pagas do mundo participaram, a festa rapidamente virou assunto e seus ingressos, que custavam dezenas de milhares de reais, esgotaram-se em horas. O que tinha tudo para ser um grande acontecimento musical em um cenário paradisíaco foi, na realidade, um tremendo fiasco. Os organizadores tiveram inúmeros problemas estruturais, de falta de alimentação a cancelamento de atrações em cima da hora. Com grande parte dos espectadores já na ilha, o festival não aconteceu, causando um baita prejuízo para os consumidores, que acabaram entrando na Justiça. O mal-estar de escala mundial ficou visível especialmente nos memes espalhados pelas redes sociais — justamente onde tinha começado. O que tornou o Fyre Festival tão famoso, como promessa e como fracasso, foi exatamente a participação dos chamados influenciadores digitais na sua promoção, o que gerou muita curiosidade e engajou o público a conhecer— e consumir— o evento.
MANDELLI, M.; GALANTE, I.O poder dos influenciadores digitais. Educa Midia, 21 nov. 2019. Disponível em: www.educamidia.orubr. Acesso em: 26 jan. 2024.
Texto 3
Afastem-se, influenciadores. Todos nós já vimos pessoas jovens e fotogênicas promovendo moda, comida ou serviços para seus muitos seguidores no TikTok e no Instagram. Mas agora chegou uma nova geração de "desinfluenciadores", dizendo que o materialismo e as tendências superfaturadas não estão mais na moda.
Enquanto os consumidores observam seus gastos nestes tempos inflacionários, este grupo emergente de usuários de mídia social está pedindo às pessoas que avaliem se realmente precisam daquele cobertor de R$ 800.
Suas mensagens são simples e diretas: esses itens são superestimados, você não precisa deles, e aqui está o porquê. Às vezes, eles sugerem outras opções. Eles também falam sobre sustentabilidade e o custo dos resíduos associados a determinados setores, como beleza e moda.
MUÍIOZ-LEDO. R Esqueça os influenciadores digitas, vêm ai os "desinfluenciadores"; entenda. CNN Brasil, 17 jun. 2023. Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 26 jan. 2024.
Texto 4
Bando barulhento
Eles são muitos e estão por toda a parte
O Brasil tem 500 000 influenciadores digitais com mais de 10 000 seguidores. O número supera o total de engenheiros civis (466 000), dentistas (374 000) e arquitetos (212 000) e empata com o contingente de médicos (502 000).
Levando em conta os influencers com mais de 1 000 seguidores, o número salta para 13 milhões - o equivalente a 6% da população brasileira.
Apenas no Instagram, o exército de influencers brasileiros com ao menos 1 000 seguidores chega a 10,5 milhões - é mais do que em qualquer outro pais.
O Brasil é o segundo país que mais segue influenciadores no mundo (44,3% dos usuários), atrás das Filipinas (51,4%). O top 5 é formado apenas por nações emergentes (também entram na lista Nigéria, Indonésia e Argentina).
CASTRO, L. F. Pesquisa revela que Brasil é o país dos influenciadores digitais. Veja, 1º jul. 2022. Disponível em: https://veja.abril.com.br/comportamento/pesquisa-revela-que-o-brasil-e-o-pais-dos-influenciadores-digitais. Acesso em: 26 jan. 2024.
Os riscos da disseminação de informações por influenciadores digitais
comunicação
comportamento digital
publicidade
influenciadores digitais
Referências: influenciador digital
Campo semântico: audiência, blog, blogueiro, bolha, canal, carlinhos maia, carreira, conteúdo, digital, engajamento, engajar, felipe neto, gente como a gente, influencer, influencers, influences, influenciador, influenciador digital, influenciadores, influenciadores digitais, influenciar, influência, instagramers, like, live, luccas neto, lucco neto, maisa silva, marca, mari maria, marketing, online, patrocinado, patrocínio, pessoas reais, posts, profissão, seguidor, tendência, webcelebridade, whindersson, youtuber, youtubers
“Cultura do cancelamento” é o termo do ano 2019
A “cultura de cancelamento” foi eleita como o termo do ano pelo Dicionário Macquarie, um dos responsáveis por selecionar anualmente as palavras e expressões que mais moldaram o comportamento humano. (...)xa0Movimento que tem força principalmente nas redes sociais, a cultura do cancelamento envolve uma iniciativa de conscientização e interrupção do apoio a um artista, político, empresa, produto ou personalidade pública devido à demonstração de algum tipo de postura considerada inaceitável. Normalmente, as atitudes que geram essa onda são do ponto de vista ideológico ou comportamental.
DEMARTINI, Felipe. Disponível em: <https://canaltech.com.br/>.
Texto 2
Em defesa do cancelamento
Se por um lado prolifera o movimento contra o cancelamento sob o pretexto de que ele não serve para educar alguém que fez um comentário preconceituoso, há quem defenda que a prática é importante para estabelecer limites publicamente. "É inevitável que a redenção chegará para o cancelado. Mas, antes disso, a melhor ferramenta continua sendo que o corte da opinião pública exija um pedido de desculpas e use as redes sociais para cobrar responsabilidade, criando um exemplo para as pessoas do entretenimento que realmente se importam com as comunidades que consomem seu conteúdo", escreve a autora Shamira Ibrahim na Vice, no texto "Em defesa da cultura do cancelamento". Em outras palavras, ela acredita que o puxão de orelha em público ajuda a prevenir futuros deslizes de outras celebridades. POLLO, Luiza. https://tab.uol.com.br/ (adaptado). Acesso em: 20/01/2020.
Texto 3
Cancelar não surte o efeito esperado
É fácil achar um novo cancelado por dia, mesmo que sejam figuras de nicho, como cantores de K-Pop ou youtubers. Depois de um ou dois dias em alta no Twitter, as hashtags costumam perder força e os cancelados seguem suas vidas e carreiras. Essa é uma das grandes críticas nas redes à cultura do cancelamento: ela não parece surtir tanto efeito assim. (...) A especialista em direitos da mulher Loretta Ross não é contra apontar ações e discursos preconceituosos. Ela só acredita que o linchamento virtual (antigamente, público e figurado) não é a melhor maneira de apontar erros alheios. Em um texto de opinião intitulado (em tradução livre) "Eu sou uma feminista negra. Eu acho que a cultura do cancelamento é tóxica", publicado no jornal New York Times, ela argumenta que há maneiras melhores de se fazer justiça social. Ela compara essa prática ao ativismo da década de 1970, com o qual ela se envolvia como feminista negra. "Criticava duramente mulheres brancas por não entenderem mulheres negras. (...) Raramente questionava se a forma como eu abordava o privilégio branco delas era, na verdade, contraproducente", reflete. (...)
Texto 4
Não contem comigo pra construção dessa cultura do cancelamento, tá? "cancelar" a galera nunca resolveu nada, só afastou os equivocados da pauta em questão. além disso, no dia que eu tb errar - como o ser humano que sou, não vou curtir ver ninguém me cancelando e sim me instruindo
A gente instrui sim, o problema é que o pessoal insiste no erro. Ai a gente CANCELA mesmo. Pq ninguém é obrigado a conviver com falha de caráter. Ninguém é obrigado a pagar pau é dar dinheiro a quem não reconhece nossa causa.
Postagem e comentário no Twitter sobre a cultura do cancelamento (adaptado).
A era da grosseria online
Há uma década as redes sociais passaram a fazer parte de nossas vidas. Em muitos aspectos, elas trouxeram coisas positivas: aproximaram pessoas que jamais se encontrariam nos tempos off-line. Mas o efeito colateral é evidente: estamos diante da “era da grosseria”, da polarização, do pensamento binário – ou você pensa como eu ou se torna meu inimigo. Claro que esses chatos não são a maioria, mas acabam sendo a parcela que mais chama a atenção nas redes sociais. São o que o escritor e filósofo italiano Umberto Eco chamou de “legião de imbecis”. “Antes, eles falavam apenas em um bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade. Agora, têm o mesmo direito à palavra de um ganhador do prêmio Nobel”, disse.
Muitos criticaram a opinião de Eco. Lembraram que talvez a grande contribuição da internet foi ter dado oportunidade a pessoas comuns de ter o mesmo espaço que um prêmio Nobel. Eco justificou-se, depois das críticas, dizendo que se referia a um pequeno e barulhento grupo de chatos que se sobrepunham à maioria. É importante ressaltar que apenas publicar opiniões não faz das redes um espaço democrático. Democracia também pressupõe o debate de ideias, que não costuma ocorrer no Facebook.
Adaptado de: <http://epoca.globo.com/vida/experiencias-digitais/noticia/2015/08/era-da-grosseria-line.html>.
O desenvolvimento acelerado da inteligência artificial pode ser perigoso para os seres humanos?
Textos motivadores:
Texto 1
A ameaça dos robôs Robôs se rebelarem contra seres humanos com a finalidade de exterminá-los é tema recorrente em livros e filmes de ficção científica. O que é novidade, e realidade aterradora, é o fato de engenheiros de robótica de todo o mundo terem se reunido no congresso Asilomar Conference Grounds, realizado nos EUA, para discutir os riscos do surgimento de uma geração de “robopatas” – máquinas perigosas – e a perda de seu controle pelo homem. Os cientistas descartam, é claro, a possibilidade de elas adquirirem por si mesmas tal patamar de comportamento, porque isso significaria admitir, absurdamente, que robô pode ter livre-arbítrio. Mas o grande receio dos pesquisadores, na verdade, é a possibilidade de esses robôs serem manipulados por criminosos comuns, como já os são pelos governos de alguns países em momentos de guerra. Seria uma atitude no mínimo reacionária negar a importância de robôs na evolução da humanidade e na melhoria da qualidade de vida. Desde que saíram dos laboratórios, sobretudo nos EUA e no Japão, as máquinas de inteligência artificial se espalharam em empresas, bancos, escolas, supermercados, hospitais e asilos. Esses robôs, nascidos para o bem, são refratários a tentativas de serem pervertidos – não foram programados para a agressividade. O problema, no entanto, é que o próprio homem, no poço sem fundo de seu instinto de criar tecnologias cada vez mais fantásticas, acaba ultrapassando limites. Há cerca de meio século o matemático I.J.Good já alertava para o perigo daquilo que chamava de “explosão nervosa” da inteligência artificial. Atualmente, até mesmo um dos maiores entusiastas dessa forma de inteligência, o cientista Tom Mitchell, da Universidade Carnegie Mellow, revê sua boa fé: “Fui muito otimista”. (Adaptado de: SGARBI, L. A ameaça dos robôs. Isto É. São Paulo, nº 2073, pp. 80-81, 5 ago. 2009)
O desenvolvimento acelerado da inteligência artificial pode ser perigoso para os seres humanos?
tecnologia
sociedade
geral e tecnologia
inteligência artificial
Referências: --
Campo semântico: ai, artificiais, artificial, automação, automatizado, bot, chat, chatbot, chatgpt, computação, conectado, conexão, deep fake, evolução, gpt, humano, ia, inovação, inteligência artificial, large language model, llm, máquina, openai, reconhecimento facial, robô, substituição, substituir, tecnologia, tic
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O desenvolvimento acelerado da inteligência artificial pode ser perigoso para os seres humanos?
Textos motivadores:
Texto 1
A ameaça dos robôs Robôs se rebelarem contra seres humanos com a finalidade de exterminá-los é tema recorrente em livros e filmes de ficção científica. O que é novidade, e realidade aterradora, é o fato de engenheiros de robótica de todo o mundo terem se reunido no congresso Asilomar Conference Grounds, realizado nos EUA, para discutir os riscos do surgimento de uma geração de “robopatas” – máquinas perigosas – e a perda de seu controle pelo homem. Os cientistas descartam, é claro, a possibilidade de elas adquirirem por si mesmas tal patamar de comportamento, porque isso significaria admitir, absurdamente, que robô pode ter livre-arbítrio. Mas o grande receio dos pesquisadores, na verdade, é a possibilidade de esses robôs serem manipulados por criminosos comuns, como já os são pelos governos de alguns países em momentos de guerra. Seria uma atitude no mínimo reacionária negar a importância de robôs na evolução da humanidade e na melhoria da qualidade de vida. Desde que saíram dos laboratórios, sobretudo nos EUA e no Japão, as máquinas de inteligência artificial se espalharam em empresas, bancos, escolas, supermercados, hospitais e asilos. Esses robôs, nascidos para o bem, são refratários a tentativas de serem pervertidos – não foram programados para a agressividade. O problema, no entanto, é que o próprio homem, no poço sem fundo de seu instinto de criar tecnologias cada vez mais fantásticas, acaba ultrapassando limites. Há cerca de meio século o matemático I.J.Good já alertava para o perigo daquilo que chamava de “explosão nervosa” da inteligência artificial. Atualmente, até mesmo um dos maiores entusiastas dessa forma de inteligência, o cientista Tom Mitchell, da Universidade Carnegie Mellow, revê sua boa fé: “Fui muito otimista”. (Adaptado de: SGARBI, L. A ameaça dos robôs. Isto É. São Paulo, nº 2073, pp. 80-81, 5 ago. 2009)
O desenvolvimento acelerado da inteligência artificial pode ser perigoso para os seres humanos?
tecnologia
sociedade
geral e tecnologia
inteligência artificial
Referências: --
Campo semântico: ai, artificiais, artificial, automação, automatizado, bot, chat, chatbot, chatgpt, computação, conectado, conexão, deep fake, evolução, gpt, humano, ia, inovação, inteligência artificial, large language model, llm, máquina, openai, reconhecimento facial, robô, substituição, substituir, tecnologia, tic